quinta-feira, 23 de junho de 2011

ILSE LANG - por Sirlene Oliveira

   

 
DISCIPLINA: DESENHO DO MOBILIÁRIO
CIDADE: PALMAS-TO
DATA: 17,18 E 19 DE JUNHO DE 2011

ARQUITETA E URBANISTA




           

Ilse Lang

        
             Ilse Lang é arquiteta formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Como designer de móveis e objetos, fundou a Faro Design em Porto Alegre, empresa que cuida do design, fabricação e distribuição de móveis e acessórios.
            A arquiteta é considerada uma das grandes revelações do design brasileiro, e vem se destacando no cenário nacional e também internacional com suas criações, que chamam a atenção pelos traços limpos e funcionais, com forte influência do modernismo.
            Em 2007 foi premiada no iF Product Design Award na Alemanha, fórum de design reconhecido mundialmente e um dos mais famosos e prestigiados prêmios de design do mundo,  através de sua mesa Lotus. Recebeu ainda menção honrosa do Museu da Casa Brasileira e 1º lugar no Salão Design Movelsul, entre outros. Participou também da exposição no MAM-SP, intitulada Design Brasileiro hoje-Fronteiras em 2010.
            O trabalho da arquiteta gaúcha tem contribuído para firmar o Brasil no cenário internacional do design,  destacando-se junto ao que de melhor é produzido no mundo.
            E isso repercute também no cenário nacional, uma vez que leva a uma conscientização de como é importante o incentivo à indústria criativa. Embora o design esteja ligado ao universo cultural, ele também pode exercer uma função social, vinculando-se à produção de bens e serviços, e desse modo, gerar emprego e renda e contribuir para o desenvolvimento do país.


Banco Tribo
Banqueta com assento em madeira torneada maciça com estrutura em barras de aço inox polido.
Dimensões: 40x40x76cm
Ano:2006

Tribo Baixo
Dimensões: 40x40x76cm
Ano:2006


Banco Onda
Banco com assento em couro natural ou em junco natural, com estrutura em aço inox polido, nas dimensões: 42 x 76/66/46 cm.
O assento é feito em junco natural ou em couro (nas cores preto, branco, vinho e marrom).
Recebeu menção honrosa no Museu da Casa Brasileira.
Ano:2000


 
Mesa Lotus

Mesa extensível podendo ser retangular ou redonda com diâmetro de 158 cm, com tampo e pés em madeira, com várias opções de acabamento como jequetibá, ebanizado com poros abertos e carvalho. Pode ser usada  tanto em ambiente residencial quanto em escritórios. De fácil manuseio (há um botão na parte debaixo do tampo que permite a extensão).
Produto premiado em 2007 no if product design award na Alemanha.
Dimensões: 98 x 158 x 75 cm
Ano:2006

Fenda Redonda

Poltrona em formato de concha, em PVC expandido e estrutura em aço inox. Pode ser usada tanto em ambientes externos quanto internos.  Dimensões: 81 x 83 x 61 cm.
Ano:2007






terça-feira, 21 de junho de 2011

Zanini de Zanine por André Castro

O mais interessante da obra de Zanini de Zanine é que, em alguns produtos, o material utilizado por ele é 100% reciclável em sua composição. Além disso, as peças criadas são agradáveis visualmente, criativas e, o mais importante: são funcionais. 
Cavalinhos

Banco bar

Peças da estante Módulo 7

É um design que, aos 32 anos, já ganhou 11 prêmios nacionais dos quais: Museu da Casa Brasileira (o mais tradicional do país), Salão Casa Design (o maior Premio de Design da America Latina), Premio Top XXI _ Arc Design (principal editorial de Design do país), Planeta Casa da Casa Cláudia, Prêmio Artefacto, entre outros. 
A seguir, mais algumas imagens das suas criações. Para quem quiser saber mais, no site http://www.doizdesign.com.br/ é possível conhecer os produtos e mais um pouco sobre o artista.  

Espreguiçadeira de balanço em ipê

Cadeira Moeda

Banqueta Cê Senta

sábado, 18 de junho de 2011

MAURÍCIO AZEREDO - por Elizângela Cosmo Leite Barros

Arqª Elizângela Cosmo Leite Barros
Cidade Palmas-TO
Data 04/07/2011
Arquiteta e Urbanista





·         QUEM É ?   MAURÍCIO AZEREDO
Sinônimo de excelência no cenário de design de mobiliário brasileiro. Arquiteto, em 1985 ele trocou uma bem sucedida carreira acadêmica na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Brasília (UnB) pela atuação exclusiva como designer de móveis em Pirenópolis, no interior de Goiás. Desde então, tornou-se um recordista em prêmios concedidos pelo Museu da Casa Brasileira, que promove o concurso de design de mobiliário com maior credibilidade no País, e recebeu em 1992 o Selo de Excelência da II Bienal Brasileira de Design, quando a mesa Babanlá foi considerada o melhor projeto de móvel do biênio 90-92.
Mesa Babanlá


Azeredo produz sob encomenda séries limitadas e assinadas de móveis que primam pela qualidade do desenho e da elaboração. As peças não usam pregos ou parafusos, apenas encaixes feitos numa precisão absoluta, num sistema que lhe rendeu uma patente de invenção. Em pleno apogeu e maturidade, seu trabalho se caracteriza pelo desejo de incorporar ao móvel, um objeto predominantemente funcional, uma dimensão plástica, artística, emocional que havia desaparecido com a dominância dos conceitos do racionalismo internacional. Contrário à globalização pasteurizada da cultura, sua criação vai fundo na nossa identidade cultural, buscando nas nossas origens a sua forma de expressão. Assim, por exemplo, recupera e faz uma releitura contemporânea do banco, mobiliário presente na nossa história desde as ocas indígenas.
por Adélia Borges

·        IDEOLOGIA
Designer estimula uso sustentável dos recursos florestais
Na oficina de Maurício Azeredo, arquiteto e designer conhecido mundialmente, somente madeiras certificadas são utilizadas na produção dos móveis

Enquanto os principais jornais do País noticiam mega-apreensões e esquemas ilegais de desmatamento e comercialização de madeira, alguns profissionais dão exemplo de respeito ao meio ambiente. É o caso do arquiteto e designer carioca Maurício Azeredo, que atua há 20 anos em Pirenópolis, no interior de Goiás. O artista é um dos que estabelece um novo padrão de uso sustentável dos recursos florestais. Ele é um dos sócios-fundadores do grupo Compradores de Produtos Florestais Certificados, que reúne empresas comprometidas em dar preferência ao consumo de produtos provenientes de florestas certificada, desde o fim dos anos 90.

Encaixes

 Maurício também faz parte da Organização Não-Governamental (ONG) Amigos da Terra, que atua na promoção do uso sustentável dos produtos florestais, na prevenção do fogo, no atendimento a comunidades isoladas e na formulação e acompanhamento de políticas públicas. A intenção, segundo o designer, é que a curto, médio ou longo prazos, seja utilizada maior parte de espécies nativas com o Forest Stewardship Council (FSC), um selo internacional que define e publica princípios e critérios universais, bem como padrões nacionais ou regionais conforme o tipo de floresta, que abrangem os aspectos econômicos, sociais e ambientais.
Por Adrianne Vitoreli

·         TRABALHOS:
Assimetria e processo construtivo simplificado em novas coleções
As novas peças e séries de móveis de Maurício Azeredo revelam sensível mudança de rumo na linguagem do designer , que foi uma das atrações do Ano do Brasil na França (série de eventos sobre cultura brasileira realizados em 2005, naquele país europeu). Embora o manejo da madeira e a preocupação com a sustentabilidade de espécies nativas - sobretudo as amazônicas - continuem como eixos conceituais de atuação, o que se nota na produção atual de Azeredo é o predomínio de peças com estética menos robusta.
Alguns dos elementos dessa nova fase na produção de Maurício Azeredo são as composições assimétricas , a explicitação dos componentes estruturais e a crescente simplificação do processo construtivo, visando inclusive a diminuição dos custos de fabricação. “A intenção é evidenciar plasticamente o uso sustentável da madeira, uma opção viável em quaisquer escala e unidade de produção”, explica o designer.
A série Do Avesso , por exemplo, resulta da completa fragmentação dos componentes construtivos. No total, 11 réguas planas e uma levemente curva conformam a cadeira de encosto baixo, que é conceitualmente a mais representativa da coleção. Em trios, essas peças constituem o assento, o encosto, os pés e a estrutura horizontal, o que garante extrema liberdade de escolha e combinação das espécies naturais. Uma das versões mistura , por exemplo, cumaru, muirapiranga e pau-ouro, madeiras de cores contrastantes.
  
A Velho Goiás é outra série de móveis concebida recentemente por Azeredo. Inspirada na mobília colonial goiana, ela destaca a simplicidade de detalhes por meio da escassez de elementos decorativos e do uso exclusivo de encaixes entre peças maciças. O banco da coleção tem assento côncavo, a exemplo do Ressaquinha, que venceu o Prêmio Design Museu da Casa Brasileira em 1998 (leia PROJETO DESIGN 230, abril de 1999), mas dele difere em dois aspectos principais: o tipo de junção entre assento e pés e a menor alternância entre as faixas longitudinais de madeira. Na Velho Goiás, somente as extremidades do assento e o centro dos pés têm listras de cor e textura destoantes , o que ocorre pelo contraste entre a muirapiranga e o intenso amarelo da faixa de pau-ouro. Além disso, assento e pés são visualmente independentes, já que a estruturação transversal da peça é feita por barra circular de muirapiranga.
O designer também atua recentemente na concepção de mobiliário institucional e corporativo , como o banco criado para a igreja São Lourenço dos Índios, em Niterói, RJ, e as mesas e balcão de atendimento desenhados para um escritório de propriedade intelectual, em São Paulo.


Texto resumido a partir de reportagem
de Evelise Grunow
Publicada originalmente em PROJETO DESIGN
Edição 315 Mario de 2006

  • ALGUMAS PEÇAS DO ARTISTA

ARISTEU PIRES - Por Mikael Alan de Souza

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA DE INTERIORES

DISCIPLINA: DESENHO DO MOBILIÁRIO
PROFESSORA: APARECIDA  BORGES
DISCIPLINA MINISTRADA EM 17,18 E 19 DE JUNHO DE 2011- PALMAS-TO
ALUNO: MIKAEL ALAN DE SOUZA

 

 

ARISTEU PIRES



           A carreira do baiano Aristeu Pires no ramo do design de móveis começou meio que por acaso, como define o próprio criador de peças que vem se destacando no mercado nacional e internacional.
            A trajetória de sua carreira começou em 2001, quando estava visitando a cidade gaúcha de Gramado. Aristeu comprava móveis para sua casa no Rio de Janeiro, mas não encontrava nada que agradasse. Um dos lojistas sugeriu que ele desenhasse as peças, sentado na prancheta ele desenhou mesa e cadeiras. Ao voltar para o Rio, Aristeu resolveu abandonar o emprego técnico na área de ciências da computação e investir todos os seus recursos em loja e fábrica de criação de móveis. Desde então não parou mais de desenhar, principalmente cadeiras inspirado em Sérgio Rodrigues, Joaquim Tenreiro e no dinamarquês Hans Wegner.
            Aristeu se identificou com o trabalho de designers dinamarqueses, que utilizavam linhas simples em suas peças. Começou fazendo réplicas de cadeiras como a “The Chair”, criada em 1949 por Hans Wegner, mestre na arte de vergar e tornear a madeira. Aos poucos Aristeu foi incorporando as peças um traço mais pessoal.
            Em 2007, a poltrona Gisele, de sua autoria, recebeu o primeiro lugar na categoria mobiliário do Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira. Atualmente suas peças são utilizadas em espaços criados pelos principais arquitetos e designers do Brasil. Seus trabalhos ganharam reconhecimento internacional, entre outros na rede americana Design Within Reach.
            Entre as suas peças se destacam: A poltrona Gisele, as cadeiras Marta e Isabela, e a cadeira Bossa Nova. Esta última muito elogiada pelo designer Sérgio Rodrigues, um dos grandes nomes do design brasileiro.
            Sua empresa está sediada na cidade de Canela - Rio Grande do Sul - Brasil.

Poltrona Beatriz oferece ao mesmo tempo beleza, conforto e robustez.
Adaptável  para um sofá de 2, 3 ou 4 lugares.

Poltrona Melissa é esculpida em madeira maciça
 (jequitibá, freijó, embuia), e acabamento ebanizado.

Cadeira Marta é tramada artesanalmente fibra por fibra, reedição de Hans Wegner,
 faz mistura de embuia ou madeira freijó com assento de palha taboa.

Cadeira Daniella em madeira maciça, leva assento de tecido ou couríssimo.

 
Cadeira Gisele homenageia a brasileira Gisele Bündchen. De madeira maciça
 (embuia, canela, eucalipto), a peça combina algodão cru com amarrações.
 
Cadeira Bossa Nova de madeira maciça com estofado em couro ou couríssimo.


Cadeira Isabela possui acabamento em madeira maciça tonalizada. Acabamento artesanal.
            

L'ATELIER - por Paulo Gomes

SÉRGIO RODRIGUES - por Cláudia Brito

Sergio Rodrigues
        Um dos maiores designers brasileiros, de uma personalidade marcante, soube transformar suas idéias numa obra reveladora da cultura brasileira.
Nascido em 1927, formou-se na Universidade do Brasil, atual UFRJ. Foi através das suas raízes que ele descobriu suas 2 paixões: uma pelo desenho, através do seu pai, o pintor e ilustrador Roberto Rodrigues, e a outra pela madeira, desenvolvida pelo acompanhamento do seu tio-avô materno, um excelente artesão, no qual descobriu todas as suas técnicas.
        Cursou arquitetura, mas sua idéia inicial era ser projetista de aviação. Só no 3º ano da faculdade que veio a descobrir realmente o que era arquitetura. E tomando gosto pela área, percebeu que a arquitetura do Brasil era uma das mais interessantes no mundo, mas a ambientação não tinha relação com ela.Começou ai uma pesquisa de um novo conceito de designer que representasse todo o estilo daqui.
         No ultimo ano da faculdade foi convidado pelo seu professor David Azambuja, a se integrar ao grupo que faria o projeto do Centro Civico de Curitiba. Depois de 2 anos as obras paralisaram, e ainda instalado no Paraná, se associou ao arquiteto italiano Carlos Hauner, com uma loja de mobiliário, mas acabou não dando muito certo. Resolveu aceitar o convite para se fundar a Forma, em São Paulo, e começou a desenvolver projetos de móveis, com peças muito simples.
         Resolveu criar sua própria fabrica, após mandar fazer uma banqueta numa fabrica conceituada e poucos dias depois, ver suas banquetas sendo vendidas em outras lojas, e que nem na dele tinha. Deu tão certo que ele foi convidado a fazer algumas mesas para ministros, para a inauguração de Brasília, e com isso abriu portas para desenhar e produzir os móveis da embaixada brasileira em Roma.
          Acabou depois montando seu próprio negocio no Rio, onde surgiu a OCA, primeira loja de gabarito em Ipanema, cujo nome surgiu das fontes indígenas, no qual Sergio Rodrigues sempre buscou.
          Em 1963, resolveu fazer no canto da fabrica uma linha um pouco mais seriada e de execução mais simples, a pedido dos amigos que queriam comprar seus moveis na OCA, mas não podiam, devido ao alto custo. Surgiu assim a Meia Pataca.
          Das suas obras, a de grande destaque é a Poltrona Mole. Foi desenvolvida para um ateliê de fotografia, que pediu algo para o pessoal ficar bem descontraído. Pensou em usar a madeira de forma mais volumosa e fez direto, sem protótipo. Tempo depois fez algumas alterações na peça e se inscreveu no IV Concurso Internacional do Móvel, em Milão, e conquistou o 1º premio.
Desenho da Poltrona Mole
Poltrona Mole - 1957
         














          
          Depois da sua saída da OCA, fez ainda alguns desenhos para a mesma e para Tendo do Brasil, uma empresa japonesa que fazia móveis em serie para escritório e jardim e desde 1973 tem um escritório de arquitetura no Rio de Janeiro.
Banco Mocho - 1954
          A aproximação do desenho do móvel moderno com certos objetos da cultura brasileira, e a não preocupação com modismos acentuam o espírito de brasilidade que tanto busca o arquiteto.
Arquitetura - 2000



Espreguiçadeira Tajá - 1978


Poltrona Paraty - 1963

Poltrona Diz - 2001