terça-feira, 5 de julho de 2011

PEDRO USECHE por MARCUS GARCIA

Pedro Useche nasceu na Venezuela, onde formou-se em arquitetura pela Universidade Central. Iniciou a carreira de designer de mobiliário no Brasil, onde mora desde 1984.


Procura alcançar o equilíbrio entre a estética e a funcionalidade. Ousado com relação aos 
materiais, gosta de estudá-los e explorá-los em seus limites.


O desenho de móveis é, para Pedro Useche, um
processo que resulta da criação de sistemas
construtivos. Com abordagem criativa similar à
da arquitetura, estabilidade e desafio aos limites
estruturais do material, notadamente a madeira
e o aço, são critérios recorrentes em seu
repertório, em muito caracterizado por perfis
esbeltos, encaixes sistematizados e repetição
ordenada de elementos.



No ateliê de arquitetura de Pedro Useche, em São Paulo, os móveis produzidos para uso próprio inicialmente despertaram a atenção de clientes e, 
em seguida, passaram a integrar exposições e premiações de design brasileiras. Useche desenvolveu até o momento cerca de 200 peças , além de inúmeros protótipos e peças especiais, não comercializadas. 

O designer considera-se hoje mais maduro profissionalmente porque concebe de forma global cada projeto , ou seja, visualiza e enfatiza no desenho também o processo produtivo. 

Avalia também que não existe uma regra ou tendência estética que defina de antemão a beleza e a qualidade de um projeto, mas aponta um caminho:o desenho racional, que pensa na produção em série. Em sua trajetória, essa racionalidade toma forma na pesquisa das características físicas de cada material e no uso de suas propriedades de resistência estrutural. 
Useche projeta peças que, sejam cadeiras ,estantes mesas ou luminárias , têm “que interagir com a lei da gravidade”. Como resultado desse raciocínio lógico, relata que cada projeto é sempre um quebra-cabeça : desenha inúmeras possibilidades e desdobramentos de cada idéia, de cada proposta de utilização de um material. Constantemente, então, nas escalas 1:5 e 1:1 desenhadas a mão, o projeto de uma peça evolui para a concepção de toda uma linha. 

   
Resumo Curriculo Pedro Useche (clique na imagem para ampliar)


Bibliografia:

TRABALHO DESENVOLVIDO COMO PARTE DA AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA "DESENHO DE MOBILIÁRIO", MINISTRADO PELA PROFESSORA APARECIDA BORGES AO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA DE INTERIORES.

ALUNO: MARCUS HENRIQUE GARCIA

segunda-feira, 4 de julho de 2011

PAULO ALVES - por Rosane Costa



Formado em Arquitetura pela USP de São Carlos, Paulo Alves iniciou sua carreira no escritório de Lina Bo Bardi. Participou do projeto de revitalização do Palácio das Indústrias, nos anos 1980. Além de projetos de arquitetura, Alves é conhecido pelo rigor e elegância de seus móveis. Em 2004 criou a Marcenaria São Paulo, que desenvolve peças de forte caráter e linguagem brasileira.
Cadeira Atibaia
      Leveza. Esse foi o princípio de todo o projeto da Cadeira Atibaia, um dos vencedores, neste ano, do Prêmio de Design do Museu da Casa Brasileira, na categoria Mobiliário. Os designers Paulo Alves e Luís Suzuki utilizaram o formato dos galhos das árvores para desenvolver um mobiliário com pedaços finos de madeira, inspirados pelo trabalho do designer italiano Gio Ponti.         
          O nome do móvel - Cadeira Atibaia - refere-se à cidade onde fica a casa de um amigo de Alves, na qual o designer finalizou a concepção do produto. Em uma de suas viagens para descansar do ritmo de São Paulo, o clima campestre da cidade do interior paulista ajudou os designers a concluir o projeto.
 
         
          A composição dos galhos foi levada em consideração no desenvolvimento da estrutura da cadeira. Depois de uma pesquisa formal sobre os formatos das árvores, que inspiram muitas das linhas de peças dos dois designers, determinaram-se alguns limites de formas para o móvel.
         Para criar um conjunto leve, Alves e Suzuki se valeram de delgados sarrafos, dispostos em ângulos suaves na estrutura da mobília para suportar os esforços a que uma cadeira está sujeita. Na concepção do produto, a dupla de designers também pensou no conforto para o usuário. O assento é feito com uma fina placa de madeira compensada, curvada a frio, revestida com espuma e couro ou tecido.
Liberdade tem sido uma palavra cada vez mais importante para o arquiteto e designer Paulo Alves. Essa busca vem da infância, quando podia andar solto pelas ruas de Jardinópolis, interior de São Paulo. Em sua marcenaria Paulo produz mobiliário de design próprio


 
Guaimbê Bar



Atibaia Banqueta de Bar



Eclipse



Sereia Chaise Loung




Estante Floresta 








Guaimbê





DESENHO DE MOBILIÁRIO: MARCENARIA BARAÚNA - por Paula Ruiz

   ALUNA: PAULA RUIZ
   ARQUITETA E URBANISTA
   PALMA-TO

Arquitetura de mobiliário: a Marcenaria Baraúna


       A Marcenaria Baraúna nasceu como uma extensão do escritório Brasil Arquitetura. Em 1986, já com alguns anos de prática de projeto arquitetônico,resolveram explorar projetos de mobiliário em marcenaria própria.
       Seu objetivo é projetar móveis com uma cara bem brasileira estudando todo o processo de criação, fabricação e escolha das madeiras minuciosamente criando o que eles denominam de "móveis de arquiteto", se é que se pode dizer assim Arquitetura, que transpuseram para o mobiliário o raciocínio arquitetônico, baseado numa lógica estrutural forte, em que a construção dos móveis é deixada à vista, explícita, sem trucagens, dissimulações ou acréscimos decorativos.
       A opção desde o início foi por um desenho moderno, de linhas simples, livre das tendências e trejeitos da moda, buscando sua matriz na conjugação da riqueza da cultura popular brasileira em suas formas e soluções vernaculares com as lições dos grandes mestres da arquitetura e do design. Com isso a Marcenaria Baraúna atua no mercado de maneira diferenciada, trabalhando basicamente com a elaboração de projetos especiais feitos sob encomenda ou com sua linha de móveis executados exclusivamente com madeiras brasileiras.

      Eles já projetaram móveis especiais para o MASP, Museu do Descobrimento, Museu Oscar Niemeyer, e Sescs de todo o Brasil. Seu time de designeres famosos está Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz e Lina Bo Bardi, a arquiteta italiana fez parte na equipe até a sua morte em 1992.





 IMAGENS DE PEÇAS DE GRANDES DESTAQUES DA MARCENARIA BARAÚNA:




MÓVEIS "CADEIRA GIRAFA COM MESA

Fabricada em1987                                                Design: Lina Bo Bardi (1915-1992),
Marcelo Ferraz e Marcelo Suzuki


Cadeira Girafa” – empilhável de três a três, é ideal para bares e pequenos ambientes, forma conjunto com mesa redonda com três pés, tudo confeccionado em madeira freijó.





MÓVEL BANQUINHO CAIPIRA


Fabricado em 1998
Design: Francisco Fanucci

O Banquinho Caipira é uma releitura dos bancos encontrados no interior do país







MÓVEL CADEIRA EDÍGIO

Fabricado em 1997
Design: Lina Bo Bardi, Marcelo Suszuki e Marcelo Ferraz

Outra peça de mobiliário clássico, o Frei Egídio de design Chair foi inspirada na cadeira do século 15 Franciscana. . A construção foi simplificado e os elementos estruturais reduzido a três peças, de modo que os pesos única cadeira 4 kg e pode ser dobrado, facilmente transportado e armazenado. Disponível em uma grande variedade de madeiras brasileiras.



MÓVEL MESA TRIÂNGULOS

Fabricado em 1989
Design: Francisco Fanucci



A transparência do tampo de vidro quadrado expõe a sutil relação entre dois triângulos de madeira sobrepostos que se tocam em apenas um ponto.








 SARRAFEADOS


 
 
Um dos destaques da Marcenaria Baraúna é o trabalho com madeira sarrafeada. Este consiste na formação de planos com a utilização de sarrafos de madeira, com espessuras iguais ou não, buscando criar uma nova textura principalmente a partir da combinação de diferentes tipos de madeira



                                                                         MESA FAMILIA



A utilização de um único tipo de madeira também obtém ótimos resultados, conforme podemos ver no aparador ZIG

 

        Como mostra em alguns exemplos acima, são desenhos funcionais, com linhas retas e simples, procurando compor peças que dialogam com a arquitetura de cada lugar e com os desejos e necessidades do cliente. Sua produção é artesanal permitindo explorar as características e a beleza natural das madeiras brasileiras. Utilizando sempre as originárias de processos sustentáveis e com certificados de exploração.

FERNANDO JAEGER Por JOSELIENE DE SÁ Palmas-TO Curso de Arquitetura de Interiores Professora Aparecida Borges




 “ ...desenvolver produtos contemporâneos e funcionais, produzidos em escala industrial e, por  conseqüência, a preços mais justos. Sem esquecer, obviamente, de privilegiar sempre a forma e a função, com traços limpos e enxutos.”


Essa é filosofia de Fernando Jaeger, gaúcho, que mudou-se para o Rio de Janeiro em 1975 para prestar vestibular para medicina, porém como desde criança já gostava de desenhar, mudou de caminho e entrou para o curso de Desenho Industrial na Escola de Belas Artes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Durante a faculdade chamou-lhe a atenção grandes nomes da alemã Bauhaus e desenvolveu gosto especial pelas peças dos anos 20, 30 e 40 do século passado.
 Com muito esforço e já casado, finalizou o curso de desenho Industrial e através de um anúncio de jornal, uma semana depois, começou a trabalhar em uma indústria de móveis tubulares, onde ocorreu seu primeiro contato com design produzido em série.
Em 1983, mudou-se para São Paulo com a esposa e o 1º filho, com uma proposta de emprego de uma empresa paulistana de origem alemã, que trabalhava com madeira de reflorestamento. Aproveitando de sua bagagem de conhecimento mais ampla na movelaria em escala industrial, Fanado Jaeger também trabalhava como free-lance para a empresa Tok-Stok, uma parceria que durou 15 anos.
Com o tempo vieram o reconhecimento e prêmios, em 1995 o designer abriu sua primeira loja em São Paulo, local onde possui mais duas lojas e uma no Rio de Janeiro.  Sem deixar se render a conceitos formais o Design, busca um ”produto capaz de atravessar o tempo”.


Descricao do Sofá Alice




Descricao da Poltrona Spaghetti
Descricao do Banco Bienal Baixo